A arte morre.
O beijo morre.
Também
a libido,
que desencarne a pele de vez,
e só sobre
a dor da alma,
nua,
sob o franzido da tez.
O fogo já morreu de frio,
Fez o mar em calma
arredia, subterrânea,
da menina mansa no
cio.
Calada pela mania
de matar aos poucos.
À golpes de cajado
do Pai,
da moral,
epifania fabianista,
dos roucos,
moucos,
cegos e surdos
do gozo,
obscurantistas,
de só chegarem ao orgasmo,
quando decepam
fora o mal,
pelo medo dos
leves espasmos,
incontroláveis,
primais,
sensíveis,
quando tocam pela primeira vez
o próprio pau.
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