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quinta-feira, 22 de agosto de 2019

SOCIOLOGIA - SEGUNDO ANO DO ENSINO MÉDIO - AULA 03 - BIMESTRE III - 12 DE AGOSTO DE 2019

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AULA 3 – RAÇA E ETNIA

1) Raça: É adaptação errada do conceito de espécie para explicar as diferenças entre grupos e pessoas baseando-se em características físicas e biológicas, ou seja, inatas. As diferenças físicas entre humanos são produtos de adaptações advindas do processo de seleção natural dentro da raça humana, única existente, a homo sapiens.
     Etnia: Superação do conceito de raça dado a grupos e suas características culturais, sociais, que se diferenciam com base em aspectos adquiridos, aprendidos e compartilhados. Não há espaço para diferenciações a partir de justificativas biológicas e raciais.

2) As Grandes Navegações jogaram o mundo num contexto de trocas culturais muito grande com intensos choques de diversidades. Como o objetivo desse movimento expansionista era a conquista de territórios e a busca de matérias-primas, o conflito entre povos foi inevitável, e certas ideias foram usadas para justificar a dominação e o extermínio de povos contra povos. Tais ideias, chamadas de eugênicas, eram baseadas nas diferenças físicas como base para as diferenças entre línguas, comportamentos e roupas entre povos. A Eugenia que fez com que teorias racistas baseadas nessas diferenças entre fenótipos como propulsoras das diferenças culturais levassem Europeus, brancos, em sua maioria cristãos, a se julgarem civilizados e superiores ao resto da humanidade durantes séculos no passado. 
   Tudo isso ocorreu antes do Surgimento da disciplina chamada: Antropologia.

3) Teorias raciais e eugênicas procuravam justificar a matança e o extermínio de povos nativos em regiões comercialmente interessantes e ricas em recursos minerais, com base na ideia de superioridade e inferioridade genética. A partir disso construiu-se o equivocado conceito de raça biológica como razão para as diferenças culturais. No Brasil colocou-se em prática a ideia de branqueamento da população, pós Abolição, aceitando-se imigrantes europeus, para supostamente impulsionar o crescimento do país. Para esses teóricos racistas a diferença entre uma pessoa honesta e um criminoso era eminentemente racial, biológica, genética, fazendo-se do racismo uma política de Estado. Essas teorias, apesar de hoje superadas, ajudaram na disseminação do  Fascismo/Nazismo no mundo. A mistura entre “raças” para esses teóricos é considerada um erro estratégico grave para uma civilização.

4) A partir da década de 1930, após movimentos culturais e políticos, o conceito de nação brasileira passou a ser construído valorizando-se a mestiçagem entre nossas etnias raízes, opondo-se ao período anterior de valorização das então teorias eugênicas. A ideia de Brasil como berço da mestiçagem ajudou a passar uma falsa imagem de tolerância racial. O país vendeu uma imagem de lar da Democracia racial, mas encobriu profundamente nossas desigualdades graves e conflitos raciais históricos.

5) O "Mito da Democracia Racial" é a constatação de inexistência de harmonia racial no país, e de que aqui há racismo estrutural proveniente de quase 400 anos de escravidão ininterruptas no país. A base histórica está na manutenção da desigualdade racial após a abolição da escravatura por conta desse racismo estrutural e práticas de preconceito da população.

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