Tantas vezes
as vozes
sopraram as cordas das
harpas dos deuses
de cera
sobre a mesa
Minuano de acordes sutis
desafinados
rompendo a barreira do som
breado
(breve e
mal acabado)
por um brindar de pratos
vazios
Cacos
de cera no meu mundo
ou pedaços de deuses na minha
mão,
e as harpas?
Mudas nos alardes
alarmes de
costelas nuas
Suas, sei que suas!
O calor afugenta as notas
verdes e rotas
de um infortúnio plagiado.
Abram aspas deuses!
Abram aspas deuses!
Estilhaçados bradam em vão:
São hálitos secos
arremessados a distância,
horizontes
vazios
sem éter e ânsia
Eu sei,
Eu sei,
o mal estar
dalhaço de pratos
limpos causa medo.
Mas já cedo
a fome das harpas me acordou
com notas.
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