Jonh Azevedo estava
sempre cansado. Em dois meses, disse 20 vezes a seus seguidores do
Twitter que era hora de repousar: "Descansar, que amanhã será um longo
dia, boa noite", "Descansar, que hoje foi um dia bastante cansativo. Boa
noite", "Descansar depois desse longo dia de trabalho, boa noite a
todos".
Sua estafa passaria despercebida não fosse uma interferência indevida: Jonh começou a entrar em discussões no Twitter sobre as eleições para a presidência do Flamengo.
Seu
rosto, nome e publicações incomuns chamaram a atenção de torcedores do
time de futebol, que formam uma grande comunidade na rede social, com
perfis que têm até 50 mil seguidores. Foi assim que, em 2015, sem se dar
conta, eles descobriram mais uma peça no quebra-cabeça de um suposto
mercado de fakes no Brasil.
- Exclusivo: investigação revela exército de perfis falsos usados para influenciar eleições no Brasil
- Como 'comportamento de manada' permite manipulação da opinião pública por fakes
Uma investigação exclusiva da BBC Brasil, parte da série Democracia Ciborgue,
apontou que pelo menos uma empresa, a Facemedia, teria incluído a
atuação de uma espécie de exército de mercenários fakes como parte de
serviços em redes sociais oferecidos a clientes, entre eles políticos.
'Filhão'
Jonh
Azevedo teve sua conta criada em setembro de 2012. Ficou um mês sem
tuitar até começar a dar pistas de sua vida: síndico de um prédio
("Condomínio agitado hoje!! Dois locais com música alta!"), pai
orgulhoso ("Filhão terminando mais um semestre na faculdade!! Muito
orgulho!"), fã de futebol ("E essa Copa heim!! Quanta seleção eliminada
já!!").
Em outubro de 2014, alguns de seus tuítes passam a
mostrar que ele apoiava Aécio Neves (PSDB-MG), então candidato a
presidente da República. A BBC Brasil encontrou na prestação de contas
do partido pagamentos de R$ 360 mil para a Facemedia. Não há evidências,
no entanto, de que a campanha do tucano e os outros supostos
beneficiados pelas atividades estivessem cientes da atuação de fakes.
As
postagens de Jonh Azevedo seguem até dezembro do ano das eleições
presidenciais, quando ele para de tuitar. Só volta a publicar novamente
em outubro de 2015, agora demonstrando seu apreço por Wallim
Vasconcelos, candidato da Chapa Verde à presidência do Flamengo naquele
ano.
Coincidentemente, outro perfil no Twitter publicava
mensagens muito parecidas às de Jonh. O cansaço era generalizado: no dia
1º de dezembro de 2015, tanto Jonh Azevedo quanto Vinny Silva
escreveram: "Descansar que amanhã será um longo dia, boa noite" com
menos de uma hora de diferença e as exatas mesmas palavras.
O
histórico de Vinny Silva no Twitter, hoje um perfil abandonado, mostra
que ele também apoiou Aécio nas eleições presidenciais do Brasil e
Wallim nas do Flamengo.
Fakes verdadeiros x Fakes falsos
"Os
perfis eram estranhos. A maneira como eles tuitavam era estranha. Não
falavam como as pessoas falam no Twitter, sabe?", lembra o estudante
Maurício Morais, de 19 anos.
Torcedor do Flamengo, Morais faz
parte da "FlaTwitter", como se denominam os flamenguistas reunidos na
rede social. Ao verificar o perfil dos usuários com quem estavam
discutindo sobre as eleições do clube, disputadas por Wallim e Eduardo
Bandeira de Mello, os torcedores começaram a desmascarar os fakes.
Foi
um esforço conjunto dos "fakes verdadeiros", como define Morais -
pessoas que, como ele, controlam perfis satíricos deixando claro que
estão fazendo isso, sem enganar outros usuários. "Tinham nomes muito
genéricos e fotos de perfil claramente manipuladas."
"A gente
começou a notar umas contas bem estranhas apoiando a Chapa Verde. Contas
que não tinham informação alguma, e o melhor eram as fotos de perfil,
muito ridículas", diz o estudante flamenguista Pedro Nieto, que tem 22
anos e quase 27 mil seguidores no Twitter.
Fotos roubadas e manipuladas
A
primeira estratégia que usaram pode ser utilizada por qualquer um para
identificar se a foto usada por um perfil é roubada: salvaram as fotos
de perfil dos usuários e, em uma ferramenta de busca como o Google,
optaram por fazer uma busca pela imagem. O resultado mostra os sites
onde a foto já foi publicada na internet. "Descobrimos que tinha até
foto de gente que já tinha falecido no meio", afirma Nieto.
Depois
que os primeiros fakes começaram a ser desmascarados no Twitter, outros
começaram a mudar sua foto de perfil, manipulando as imagens para
impedir o rastreamento.
A imagem de "Jonh Azevedo", por exemplo, pertence na
verdade ao jornalista carioca André Moragas, de 46 anos. Sua foto foi
distorcida: o nariz foi aumentado e, os olhos, diminuídos. "Um ex-aluno
meu que trabalha com redes sociais me mandou um print", lembra ele, que
também é flamenguista. Na ocasião, procurou a assessoria de imprensa do
Flamengo e pessoas ligadas à campanha da Chapa Verde, considerando que o
perfil falso apoiava o grupo, e pediu que tomassem alguma providência.
"Eles disseram que não sabiam do fato e desconversaram", afirma.
Segundo
quatro pessoas que se dizem ex-funcionários da Facemedia ouvidas pela
BBC Brasil e cujos depoimentos sobre o trabalho para a empresa
coincidem, ela contratava pessoas em todo o Brasil para controlar de 20 a
50 perfis falsos cada uma. Os fakes seriam alimentados por postagens
automatizadas e pela atuação desses funcionários. A atuação dos chamados
ciborgues seria, segundo eles, oferecida como parte de um pacote de
serviços relacionados às redes sociais.
O dono da empresa, o
carioca Eduardo Trevisan, nega que ela tenha produzido fakes. Trevisan
também é criador da página Lei Seca RJ, que informa seus 1,7 milhões de
seguidores os locais de blitze no Rio de Janeiro. Por sua vez, a
assessoria que prestou serviços a Wallim à época da eleição no Flamengo
confirma que a Facemedia foi contratada, mas diz que fazia apenas
monitoramento das redes.
"Pelo tempo curto de campanha, optamos
por receber relatórios sobre performance nas redes sociais. Recebíamos
relatórios de aceitação da chapa nas redes. Um termômetro que apontava
pontos positivos e negativos das chapas (tanto a nossa quanto dos
concorrentes), dos candidatos e seus apoiadores. O trabalho deles era
somente monitorar, captar dados, compilar relatórios para que tivéssemos
como trabalhar nossa estratégia de atuação", diz em nota.
"Na
reta final de campanha, surgiram nas redes perfis fakes, em grande
quantidade e, ao questionarmos sobre este surgimento, se estava
associado à agência, recebemos a resposta formal por eles que não se
utilizam desta estratégia. Na ocasião, passamos a denunciar os perfis, a
única forma de combater a atuação, uma vez que não tínhamos como saber
sua origem."
Wallim diz que "eleição é um processo em que muitas
histórias são criadas, na maioria das vezes denegrindo a imagem de quem
participa". "Infelizmente, (o uso de fakes) se tornou uma prática usual
no mundo inteiro. Na minha opinião, a melhor forma de combater isso é
através da denúncia e também do incentivo às pessoas para que procurem
sempre se informar em fontes oficiais."
Guerra dos fakes
Quando
os fakes da Chapa Verde começaram a ser descobertos, o "Arqueiro Rubro"
entrou na jogada. Era um perfil criado para denunciar os perfis falsos
que seriam ligados à chapa adversária, a Azul - ou seja, representava um
contra-ataque dos fakes da Chapa Verde, que tentava acusar o lado rival
de usar as mesmas armas que eles estariam usando.
Um deslize, no entanto, acabou denunciando a ligação dos perfis falsos com a página Lei Seca RJ, de Eduardo Trevisan.
Ao denunciar perfis que estariam apoiando a Chapa
Azul, o "Arqueiro Rubro" escreve "EBM, você errou com a nação", em
referência a Eduardo Bandeira de Mello, da chapa oposta, e cola uma
captura de tela de uma plataforma externa ao Twitter que permite o
controle de mais de um perfil ao mesmo tempo. A imagem que colou
mostraria perfis falsos ou robôs apoiando a Chapa Azul.
Mas,
embaixo da descrição do perfil colado pelo "Arqueiro Rubro", lê-se:
"zz063ii053 is not following LeiSecaRJ" (zz063ii053 não está seguindo
LeiSecaRJ), uma mensagem que só apareceria para quem estivesse logado
como administrador tanto no perfil do "Arqueiro Rubro" quanto da página
"Lei Seca RJ", de Trevisan.
O perfil do "Arqueiro Rubro" não
existe mais - captura de tela foi feita por um dos flamenguistas que
identificaram os fakes na ocasião. O rastro deixado é mais uma das
várias evidências ligando os perfis falsos à Facemedia, de Trevisan.
'Tiro de canhão'
"Imagino
que fazem plantações de perfis falsos e deixam maturando. Esse cara não
surgiu ontem, surgiu há cinco anos, se conectando e captando
seguidores. Na hora que começa a agir, não é tão fácil identificar que é
falso", diz Moragas, o verdadeiro dono da foto de Jonh. "Eles ganham no
volume, com 200, 300 perfis falsos assim. É muito mais tiro de canhão
do que espingarda, não é cirúrgico. Assim, devem conseguir ter uma
influência muito grande em época de eleição."
De fato, uma das
estratégias narradas pelos entrevistados pela BBC Brasil era a
participação em massa dos fakes em "tuitaços", quando vários usuários
publicam mensagens sobre um mesmo tema para chamar a atenção de outros
usuários e ficar entre os tópicos mais comentados do Twitter. A
investigação da BBC Brasil encontrou mais de 100 perfis falsos no
Twitter e no Facebook que seriam ligados à empresa Facemedia. Vinte
desses perfis tuitaram sobre a Chapa Verde.
Para o estudante
Maurício Morais, os fakes ligados à chapa não surtiram muito efeito - "é
uma tentativa desesperada", diz. Wallim perdeu as eleições para Eduardo
Bandeira de Mello, que se reelegeu pela Chapa Azul com mais que o dobro
dos votos do rival.
Frases humanas, mas robóticas
O
objetivo de usar ciborgues, uma mistura de humanos com computador, é
humanizar os perfis falsos, de forma que pareçam mais reais. A quebra
dos padrões da automatização também dificultam a detecção por
computador.
No entanto, embora as contas fossem controladas por
pessoas, a pouca sofisticação das frases tuitadas acabaram fazendo com
que os humanos ironicamente se assemelhassem mais a robôs, que funcionam
reproduzindo mensagens automatizadas, do que a pessoas comuns.
Sua
pobreza vocabular acabou contribuindo para sua identificação como
falsos. Na época, identificar a quantidade de repetições de frases e
palavras foi a segunda estratégia usada pelos torcedores do Flamengo
para identificá-los como fakes.
Um dos entrevistados da BBC Brasil
explica que às vezes "faltava criatividade" para criar mensagens
distintas controlando tantos perfis falsos ao mesmo tempo - cada
funcionário controlava entre 20 a 50 perfis com histórias de vida
particulares.
Por meio de uma plataforma externa ao Twitter,
programavam mensagens para entrar em diferentes horas do dia. Muitos
acabavam escolhendo comentar situações mais genéricas, como a hora do
almoço ou a hora de ir dormir.
Hoje, não existe apenas o fake "Jonh Azevedo" no Twitter, como também um "fake do fake", "Jonh Azevedoo", criado por torcedores do Flamengo - gozação com a fracassada tentativa do "fake original".
"Cansado
de tanto descansar. Vou descansar. Boa noite", tuitou o usuário,
brincando com a quantidade de "descanso" do fake original. "Assunto de
política no Flamengo é muito cansativo, vou descansar um pouco."
Imagens
Moragas não foi o único a ter sua foto roubada e modificada pelos perfis falsos brasileiros.
"Não
sou filiada a nenhum partido. É um absurdo usarem a minha foto para
ilustrar algum tipo de campanha política. É mais uma prova de que os
políticos não têm ética alguma", afirma a jornalista Flavia Werlang, de
38 anos, uma das pessoas que tiveram uma foto roubada.
Sua foto
ilustra o perfil de "Thais Falkemberg", uma mulher de Fortaleza que
publicou textos a favor do senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) em 2014. A
imagem utilizada pelo perfil foi retirada de uma entrevista que Werlang
deu ao site UOL em 2013, quando mantinha um blog sobre maternidade.
Após a publicação da primeira reportagem da série Democracia Ciborgue, o perfil foi desativado.
"Você está vivendo sua vida e não faz ideia de que
estão usando sua imagem para isso", diz ela, que mora na outra ponta do
país, em Florianópolis.
Após a publicação da primeira reportagem da série Democracia Ciborgue, da BBC Brasil, a conta foi suspensa do Facebook.
A imagem usada pelo perfil falso "Leticia Priori",
ativo no Twitter e no Facebook em 2014, pertence a Tatiane Ferreira, que
foi morta em um crime em 2013 na Estrada de Jacarepaguá, no Rio de
Janeiro. Sua foto foi retirada de uma notícia do portal R7. A reportagem
tentou contato com sua família, sem sucesso.
Outra mulher que teve sua foto roubada pediu à
reportagem que não publicasse sua foto nem a do perfil que a roubou. O
motivo: ela teme piorar o problema, que teve início quando ela deu uma
entrevista, na época de faculdade, sobre pessoas que estavam tentando
parar de fumar. Uma foto sua ilustrou a reportagem.
"Fiquei muito
assustada quando soube que minha foto está sendo usada em um perfil
fake, para enganar pessoas. Já tinha ouvido falar muitas vezes sobre
isso, mas nunca pensei que um dia pudesse acontecer comigo. Me senti
violada e impotente", diz. "Crime digital ainda é pouco divulgado, e as
pessoas não sabem como se defender nem como procurar ajuda."
'Vou descansar'
Moragas,
dono da verdadeira foto de "Jonh Azevedo", não sabia que o perfil falso
ainda estava no ar quando foi abordado pela reportagem. "Achei que a
essa altura já não estaria mais online. Lembro que sumiu durante um
tempo", afirma. "Acabei nem denunciando para o Twitter porque nem tenho
conta lá, mas gostaria que tirassem."
A maior parte dos perfis
falsos encontrados pela reportagem da BBC Brasil atuava no Twitter. Em
resposta à reportagem, a rede social informou que "a falsa identidade é
uma violação" de suas regras. "As contas do Twitter que representem
outra pessoa de maneira confusa ou enganosa poderão ser permanentemente
suspensas de acordo com a Política para Falsa Identidade do Twitter. Se a
atividade automatizada de uma conta violar as Regras do Twitter ou as
Regras de Automação, o Twitter pode tomar medidas em relação à conta,
incluindo a suspensão da conta."
Já o Facebook disse, em nota, que
suas políticas "não permitem perfis falsos". "Estamos o tempo todo
aperfeiçoando nossos sistemas para detectar e remover essas contas e
todo o conteúdo relacionado a elas. Estamos eliminando contas falsas em
todo o mundo e cooperando com autoridades eleitorais sobre temas
relacionados à segurança online, e esperamos tomar medidas também no
Brasil antes das eleições de 2018."
A empresa também informou que
não pode comentar os perfis citados na reportagem porque não teve acesso
a eles antes da publicação deste texto. "Entretanto, vale ressaltar que
durante as eleições de 2014 mais de 90 milhões de pessoas no Brasil
usaram a plataforma para debater temas relevantes para elas e engajar
com seus candidatos."
O que fazer
O
usuário que identificar que uma foto sua está sendo usada por um perfil
falso deve começar coletando evidências, gerando capturas de tela
mostrando o endereço virtual do perfil e incluindo data no canto da
tela.
"A segunda providência, para evitar que a imagem continue
sendo usada, é a denúncia do perfil na própria plataforma", diz a
advogada Patrícia Peck, especialista em direito digital.
Por fim, a
vítima pode registrar um boletim de ocorrência, dando início a um
inquérito policial, ou entrar direto com uma ação civil. Também pode
tomar as duas medidas.
Os perfis falsos que usaram fotos de
pessoas reais cometeram o crime de falsa identidade e o ilícito civil do
uso não autorizado de imagem, que pode dar às donas das fotos o direito
de pedir indenização. Podem argumentar na Justiça que houve crime
contra a honra, por difamação. "Quando alguém fala como se fosse outra
pessoa, pode construir uma imagem diferente da dela e ferir sua imagem e
reputação", explica Peck.
O que dizem os citados na reportagem
Eduardo Trevisan
"A
Facemedia é uma empresa de comunicação digital consolidada no mercado
há dez anos. Nesse período, prestamos serviços para mais de uma centena
de clientes. Nossa empresa é especializada em planejamento estratégico
de marketing digital, criação e manutenção de sites e perfis,
monitoramento de redes e bigdata, especializada em diversas técnicas de
marketing como SEO, SEM, copywriting, branding, design thinking,
relacionamento com influenciadores digitais entre outros. Além de
atender a ampla carteira de clientes privados, a Facemedia utiliza seu
know-how de mobilização digital em causas sociais. Em 2011, por exemplo,
a Facemedia foi agraciada pelo The New York Times com o 'Oscar do
Twitter', pela ajuda humanitária aos desabrigados da tragédia das chuvas
que atingiram a Região Serrana no Rio de Janeiro. Na ocasião, centenas
de pessoas em situação de risco foram ajudadas por meio dos canais
digitais da empresa, com mais de 5 milhões de pessoas conectadas. As
conexões entre os perfis são estabelecidas por critérios das próprias
redes sociais, inexistindo o conceito de 'vinculação', sugerido na
pergunta. Os serviços em campanhas eleitorais prestados pela Facemedia
estão descritos e registrados pelo TSE, de forma transparente. Por
questões éticas e contratuais, a Facemedia não repassa informações de
clientes privados."
Assessoria que prestou serviços a Wallim Vasconcelos na época da eleição
"O
uso da Facemedia em campanha foi para monitoramento e reação nas redes.
Pelo tempo curto de campanha, optamos por receber relatórios sobre
performance nas redes sociais. Fechamos um valor simbólico, já que nossa
campanha foi toda feita através de voluntários, e apoiadores.
Recebíamos relatórios de aceitação da chapa nas redes. Um termômetro que
apontava pontos positivos e negativos das chapas (tanto a nossa quanto
dos concorrentes), dos candidatos e seus apoiadores. O trabalho deles
era somente monitorar, captar dados, compilar relatórios para que
tivéssemos como trabalhar nossa estratégia de atuação. Eles nunca usaram
nossas redes de campanha nem acesso a dados nossos. Na reta final de
campanha, surgiram nas redes perfis fakes, em grande quantidade, e ao
questionarmos sobre este surgimento, se estava associado à agência,
recebemos a resposta formal por eles, que não se utilizam desta
estratégia. Na ocasião passamos a denunciar os perfis, que era a única
forma de combater a atuação, uma vez que não tínhamos como saber sua
origem."
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