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quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

SYLVIA (Poema), por MÁLIA PORGADO.

Alma de anêmona:

A sensibilidade da mudança das marés,
Uma dança onde os braços
Transformam-se em bailarina,
Galhos raivosos em uma ventania,
Ou se erguem aos céus gritando porquês.
Alma de sereia:
Ouro e nácar como Marilyn em um biquíni branco,
American Sweetheart
Para quem tem olhos de não enxergar.
Alma de fera:
Um beijo em uma festa,
O veludo das línguas, a entrada tenra
Apenas a um arfar de dentes que tem fome de lábios.
Alma-Ariel,
Carne viva dentro de cascos duros.
Saltou no ar,
Onde nada havia:
Precisava sabê-lo.

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