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terça-feira, 5 de março de 2019

Bancada evangélica acusa Gaviões da Fiel de estimular intolerância religiosa: “Não é arte, é crime”, por Congresso em Foco


A Frente Parlamentar Evangélica reagiu à apresentação feita pela escola de samba Gaviões da Fiel, em seu desfile na madrugada do último domingo (3). A escola trouxe imagens que remetem a uma luta entre Satanás e Jesus Cristo, na qual o primeiro sai como vencedor.  Para os integrantes da bancada evangélica, a Gaviões da Fiel estimula a intolerância religiosa e, em vez de arte, pratica um crime.
“Entendemos que aquela apresentação não é arte, é crime. Nenhum direito é absoluto, logo o direito à manifestação artística não se sobrepõe à inviolabilidade da consciência e da crença. As palavras do coreógrafo Edigar Junior revelam qual era o propósito: ‘O foco era chocar. … Alcançamos nosso objetivo que era mexer com a polêmica Jesus e o diabo e a fé de cada um.’”, diz trecho da nota de repúdio divulgada pela frente, presidida interinamente pelo deputado Lincoln Portela (PR-MG).
A escola reeditou este ano o samba-enredo de 1994, “A Saliva do Santo e o Veneno da Serpente”, e alega que a figura retratada na comissão de frente não era Jesus, mas Santo Antão, um monge cristão que viveu no Egito no século III. A frente diz que vai lutar para que recursos públicos não financiem espetáculos dessa natureza e indica que vai tomar providências legais contra  a escola.

A polêmica suscitou uma onda de críticas à agremiação nas redes sociais por parte de religiosos. O assunto virou um dos mais comentados do Twitter no Brasil.
Confira a íntegra da nota da bancada evangélica:
“A Frente Parlamentar Evangélica – FPE manifesta profunda indignação e repúdio ao espetáculo da ‘Gaviões da Fiel’, no carnaval de São Paulo, com uma apresentação pública ofensiva e desrespeitosa a todos nós, cristãos, ao vilipendiar e escarnecer o Senhor Jesus Cristo e a nossa fé.
Entendemos que aquela apresentação não é arte, é crime. Nenhum direito é absoluto, logo o direito à manifestação artística não se sobrepõe à inviolabilidade da consciência e da crença. As palavras do coreógrafo Edigar Junior revelam qual era o propósito: ‘O foco era chocar. … Alcançamos nosso objetivo que era mexer com a polêmica Jesus e o diabo e a fé de cada um.’
Manifestações dessa natureza estimulam o desrespeito e a intolerância, caminho inverso àquele que nós, brasileiros, estamos buscando consolidar continuadamente.
Lutaremos para que o dinheiro público, fruto de impostos pagos por um povo tão sofrido e carente de políticas públicas de excelência, especialmente na área da educação, da saúde e do enfrentamento à criminalidade e à violência, não financie espetáculos que configurem crime e que não estimulem o respeito e a tolerância fundamentos de uma nação democrática, plural e majoritariamente religiosa.
Com fundamento na Constituição brasileira exerceremos as medidas adequadas.
Brasília – DF, 04 de março de 2019.
Deputado Federal LINCOLN PORTELA
Presidente em Exercício da Frente Parlamentar Evangélica – FPE"

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