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quinta-feira, 10 de maio de 2018

Ciro Gomes, tristeza e pé no chão, por Miguel do Rosário.




(Angelus Novus, pintura de Paul Klee).
O Brasil está sofrendo, muito. Há uma imagem que tem ocupado minha imaginação recorrentemente. As elites brasileiras, sádicas, amarraram o corpo social numa maca e o estão operando, mutilando-o, torturando-o, retirando órgãos vitais, sem anestesia. O corpo assiste a tudo consciente, lúcido, de olhos abertos.
O que dói mais? O golpe, a prisão de Lula, a volta da fome, ou o fim das esperanças de testemunhar, ainda em nosso tempo de vida, a emergência de uma grande nação?
Cada uma dessas tragédias tem um peso diferente. O esquerdista demagogo, pequeno-burguês, talvez se indigne com o fato de se colocar a desgraça de Lula ao mesmo nível que a volta da fome, sem atentar que a prisão injusta de uma liderança popular abre uma grande ferida no coração do povo.
Existe uma razão objetiva para que o povo se ressinta tanto. Como não tem mídia, dinheiro, judiciário, polícia, a única arma da classe trabalhadora são suas lideranças. Sem liderança, ela fica desarmada e desorganizada, vulnerável a todo tipo de ataque, e seus inimigos jamais perdem a oportunidade de se lançarem sobre sua jugular, para lhe beberem o sangue.
Resultado de séculos de lutas sociais, a liderança popular é o principal patrimônio político do povo; sobretudo as lideranças democráticas, que devem sua força ao sufrágio universal. Nenhuma revolução, nenhuma transformação, jamais se materializou, objetivamente, antes do aparecimento, quase miraculoso, da liderança popular.
Assim como o diamante nasce da terrível opressão dos elementos sobre o modesto carbono (o qual, sem esta pressão, torna-se apenas carvão), assim como as raças evoluem, com desesperada lentidão, superando monstruosas adversidades, a liderança política surge em meio aos embates sangrentos, milenares, entre as diferentes classes.
A história sempre se repete, como um ciclo: quanto mais amadas pelo povo, mais as lideranças são odiadas e perseguidas pelas elites.
O golpe, a tragédia de Lula e as sucessivas derrotas populares dos últimos anos nos fazem pensar no anjo da história de Walter Benjamin.
Há um quadro de Klee que se chama Angelus Novus. Representa um anjo que parece querer afastar-se de algo que ele encara fixamente. Seus olhos estão escancarados, sua boca dilatada, suas asas abertas. O anjo da história deve ter esse aspecto. Seu rosto está dirigido para o passado. Onde nós vemos uma cadeia de acontecimentos, ele vê uma catástrofe única, que acumula incansavelmente ruína sobre ruína e as dispersa a nossos pés. Ele gostaria de deter-se para acordar os mortos e juntar os fragmentos. Mas uma tempestade sopra do paraíso e prende-se em suas asas com tanta força que ele não pode mais fechá-las. Essa tempestade o impele irresistivelmente para o futuro, ao qual ele vira as costas, enquanto o amontoado de ruínas cresce até o céu. Essa tempestade é o que chamamos progresso.
Quando tentamos, perplexos, juntar as ruínas dispersas da política brasileira, confusos diante da catástrofe contínua, interminável, das derrotas sucessivas dos últimos tempos, e tentamos acordar os mortos, agitar a população entorpecida, enterrar o golpe e libertar Lula, uma outra tempestade se desata, vinda do paraíso, com seus furacões, nos puxando irresistivelmente para o futuro: as eleições de outubro.
Quantos milhões de nordestinos morreram de fome, sede, tristeza e humilhação para que surgisse um Lula, um homem que arrostou as mais incríveis dificuldades e se tornou o presidente mais popular da história de seu país?
A magnitude desta dor, experimentada pelo homem simples do interior do nordeste ou da periferia das grandes cidades, tão mais terrível pelo silêncio que a recobre, a humilhação de ver seu ídolo político ser levado às masmorras da Globo em Curitiba, trancafiado numa solitária por tempo indeterminado, esta dor nunca poderá ser devidamente avaliada pela elite brasileira.
Entretanto, competem em nosso espírito outras dores, tão grandes como esta, de ver a liderança supliciada pelo castigo mais cruel já inventado pelo homem, a prisão; sentimos também por ver que os mesmos algozes de Lula, conscientemente ou não, se aproveitam do momento de fragilidade do campo popular, para desmontar as defesas constitucionais que havíamos erguido, após décadas de lutas, contra as iniquidades deste capitalismo escravocrata, terceiromundista, que martiriza o povo desde o descobrimento.
As crianças voltaram às ruas, pedindo dinheiro e comida. A fome voltou às famílias humildes. Aumenta a taxa de suicídio entre adolescentes e jovens.
O governo suspende investimentos públicos, bolsa família, recursos para saúde e educação, crédito para estudantes universitários.
Dia após dia, sem ter como reagir, ouvimos falar de um novo assalto ao patrimônio público: desmonte dos Correios, esvaziamento do BNDES, pagamento, pela Petrobrás, de multa bilionária ao especuladores norte-americanos, entrega do pré-sal a multinacionais.
Temer não corta, porém, os recursos destinados aos grandes meios de comunicação. E ainda perdoa dívidas bilionárias de grandes empresários e donos de terra, sem sequer levar em conta se são empresários produtivos, se operam setores estratégicos, se geram empregos… Entre estes estão dezenas dos principais políticos da base aliada…
É neste contexto dramático, com a liderança popular presa em Curitiba, com os grandes roubos se acumulando dia a dia, que precisamos voltar os olhos para a outra tempestade que se aproxima.
Qual a nossa estratégia para derrotar o golpe e vencer as eleições de 2018?
Em primeiro lugar, é preciso entender que a liderança popular deve ser vista em sua condição humana. Ela erra, e muito. Nos momentos em que ela sucumbe a uma tragédia, seus erros são postos de lado, e ela ganha a dimensão de mito. Mas se queremos vê-la novamente na posição de ator político, então ela não é mais um mito: volta à condição de um ser humano cheio de contradições, confuso, irregular, como todo mundo. Tem de ser criticada.
Apesar de considerar a prisão de Lula o maior erro judicial da nossa história, penso que seria um desrespeito tratar o ex-presidente apenas como uma vítima.
Lula, como qualquer grande liderança popular, também é culpado de grandes erros. Não de corrupção, porque não acho, de forma alguma, que Lula tenha jamais se corrompido. Acho que seu governo, aliás, deve ter sido o menos corrupto da nossa história republicana. A Lava Jato, para mim, é uma grande farsa. Suas “estimativas” de corrupção são ficção pura, números exagerados, sensacionalistas, baseados em delações forjadas nos porões do MPF de Curitiba, ou de Brasília.
O maior erro de Lula foi ter escolhido ministros de péssima qualidade para o Supremo Tribunal Federal (STF). Alguém poderia dizer: ah, mas não tem jeito, ele escolheu os que deu para escolher, etc e tal. Mas aí nenhum político então jamais cometeria nenhum erro. Tudo que ele fizesse de errado seria sempre o que “deu para fazer”. O PT comprou, covarde e estupidamente, a pauta do punitivismo, tratou os tribunais superiores com leviandade, e não entendeu que a mistura de um judiciário e um MPF conservadores com uma mídia concentrada e reacionária, gerariam um monstro que devoraria todas as liberdades democráticas do país.
Ontem publiquei um texto no Facebook (já devidamente reproduzido aqui no blog) para alertar contra o erro de setores da militância petista de hostilizar Ciro Gomes, que tem se destacado, nos últimos tempos, como um dos mais bem articulados críticos do golpe e do governo Temer.
Como eu esperava, o texto produziu uma saudável, embora agressiva, polêmica. Um setor numeroso da militância petista confirmou a minha tese e reagiu com irritação. Eu toquei na ferida. Alguns pescaram frases soltas de Ciro, descontextualizadas, com críticas ao PT. Um outro fez a mesma coisa com vídeos. Uma amiga disse que Ciro Gomes é “napoleão de hospício”.
Por trás da hostilidade a Ciro, há fatores que precisamos entender melhor – e neutralizar. Por isso é bom que as pessoas se manifestem, que protestem. Só assim poderemos encontrar uma solução.
Tenho acompanhado as entrevistas de Ciro Gomes não é de hoje. Não é, definitivamente, um “napoleão de hospício”, e sim um grande quadro político, com posição firmes e coerentes. Ciro tem reunido sempre muita gente interessada no que tem a dizer, tem atingido múltiplos públicos, conquistado setores da esquerda e da intelectualidade. E tem uma vantagem sobre outros candidatos da esquerda: está avançando na direção do centro e do empresariado. Esta abertura era uma vantagem de Lula, no passado, sobre outros candidatos da esquerda.
Lula está preso. Não apenas isso: está condenado em segunda instância, e proibido, portanto, pela Lei da Ficha Limpa, de ser candidato. Juristas amigos do partido afirmam que Lula poderá se registrar através de uma liminar judicial. Ora, a campanha já começou. Todos os pré-candidatos estão nas ruas, nos canais de TV, em rádios, jornais e blogs. E onde está Lula? Isolado nas masmorras de Curitiba.
É provável que essa situação forçará uma queda de Lula nas pesquisas. Antes que isso aconteça, seria mais inteligente que o PT apresentasse outro candidato. Se ocorrer um milagre, e Lula sair da prisão e for contemplado por uma série de decisões favoráveis no STF (o que é um cenário cada vez mais distante), então ele pode voltar a assumir a candidatura. Seria uma maneira do PT driblar a tentativa da mídia de silenciar o partido. É importante que o PT participe!
Considero, no entanto, que a candidatura de Lula não é mais interessante para o campo popular, após sua condenação e prisão, porque isso obrigaria o candidato e sua campanha a se desgastarem em explicações intermináveis de ordem judicial, ao invés de trabalharem os grandes temas estratégicos.
Max Weber dizia que existem dois tipos de ética: a da convicção e a da responsabilidade. A última seria a ética propriamente dos políticos. Mas eu acrescentaria uma terceira ética: a ética semiótica, que talvez seja a mais importante de todas na política. É o que os antigos romanos falavam da mulher de César. Não basta que ela seja pura, ela tem de parecer pura.
Aí voltamos ao principal erro do PT: a comunicação. Num determinado momento da crise política iniciada pelo mensalão, Lula afirmou que tinha deixado de ler jornais, porque estes lhe davam azia. Foi uma decisão muito sábia dele, que lhe permitiu governar sem se preocupar com as opiniões inúteis dos colunistas da Globo. Mas Lula esqueceu uma coisa: nem todo mundo tinha parado de ler jornais. Procuradores, delegados, juízes, continuavam a assimilar as fake news diárias dos jornalões.
Lula deveria ter montado, desde pelo menos o mensalão, uma estrutura governamental de defesa midiática, para responder as acusações que o jornalismo corporativo lhe fazia todos os dias. Não foi por falta de aviso.
Daí veio a Dilma e a coisa piorou muito, porque a presidenta não tinha o capital simbólico de Lula. As acusações, as fake news, os assassinatos de reputação, pegavam muito mais. E a presidenta não montou nenhuma estratégia para defender a honra e a imagem de seu governo, que foi sendo, então, desossado completamente, até não sobrar mais nada.
Vendo os ministros do STF, escolhidos pelo PT, decidirem sistematicamente contra Lula e contra a Constituição, eu penso: como conseguiremos defender Lula no processo eleitoral? Iremos passar as eleições discorrendo sobre sentenças, triplex, sítios em atibaia, pedalinhos, contratos da Petrobras? Ou pior: explicando teorias complicadas de Carl Schmitt e Agamben sobre o estado de exceção? Entrevistando juristas? O povo será convencido da inocência de Lula após uma nova manifestação de Luigi Ferrajoli?
Lula continua sendo a nossa maior liderança popular, mas não acho que tenha condições para disputar essas eleições, não como candidato a presidente. Poderia tentar, humildemente, uma candidatura como deputado federal por São Paulo, para fazer uma grande bancada e não ficar totalmente de fora do debate eleitoral.
Com Lula candidato, mesmo que consiga sair da prisão e se registrar, as eleições seriam inteiramente monopolizadas pela questão judicial, e isso diante de um judiciário (e indicado por ele) profundamente hostil, com tendência a se posicionar de maneira sempre crítica, disposto mesmo a contrariar a lei, se necessário. Seria uma guerra entre juristas, e não entre projetos. A esquerda sabe ganhar na política. No campo jurídico, dá-se o contrário: a gente perde, até porque a direita compensa seu complexo de inferioridade política e intelectual abusando de sua posição de vantagem nas instituições jurídicas.
Essas instituições jurídicas, militares, policiais (MP, judiciário, PF, Exército), estão numa fase difícil. Suas frações mais reacionárias conseguiram construir uma sólida hegemonia dentro do aparelho de Estado. É um tipo de reacionarismo muito particular, também resultado de anos de ataques midiáticos não devidamente respondidos pelo governo: é, antes de tudo, antipetista.
A mesma coisa vale para o empresariado. Está tomado de um antipetismo obsessivo. É uma doença ideológica. Quem conhece a história, sabe que isso é uma coisa que passa, embora deixando rastros de dor e tragédia. Mas o PT precisa entender isso: às vezes vale dar um passo atrás, para mais adiante dar dois à frente. Talvez fosse melhor investir os recursos partidários na ampliação da bancada legislativa e na eleição de governadores.
Seria mais inteligente, para o campo progressista, reunir-se em torno de um candidato que tivesse melhores condições de fazer o debate político, o qual não pode ser transformado numa briga de advogados. O Brasil precisa discutir projetos sociais, econômicos e políticos, não teses de Direito.
Daí temos três opções que estão livres dos ataques psicótico-judiciais da direita: Ciro Gomes, Manuela D’Ávila e Guilherme Boulos.
Os três são muito bons, mas Ciro Gomes tem algumas vantagens importantes sobre os outros: já construiu um bom diálogo com o centro, incluindo aí setores importantes da economia, integra um partido grande, com história, tem uma longa experiência em cargos legislativos e executivos, e sua posição nas pesquisas de intenção de voto é forte.
Aí temos que enfrentar um outro fator, de caráter subjetivo: Ciro Gomes é confiável? Irá trair o seu eleitorado? Um amigo disse recear que ele seja um novo Moreno, referindo-se ao candidato apoiado por Rafael Correa, do Equador, que pulou no colo da direita assim que assumiu o poder.
Não creio. Acho que Ciro Gomes é louco o suficiente, no bom sentido, para levar adiante, como presidente, a luta contra o golpe.
Ninguém pensa em abandonar Lula. Ao contrário, Ciro Gomes já sinalizou que poderá dar indulto ao presidente, embora seja inteligente o bastante para entender que seria leviandade falar isso agora, inclusive do ponto-de-vista jurídico para a defesa de Lula. Mas não precisamos acreditar num possível indulto. Ciro Gomes tem se manifestado, hoje, de maneira muito objetiva e clara contra a condenação de Lula. Tem usado o seu prestígio como professor de Direito para chamar a sentença de Moro de “frágil” e a condenação do petista de “injusta”.
Por outro lado, o militante petista ou de esquerda que decidir apoiar Ciro Gomes tem de entender que não faz sentido, politicamente, que ele faça um discurso petista, ou seja, que deixe de criticar o PT e as gestões petistas (que devem ser criticadas por seus erros). O PT governou o país por mais de doze anos. Precisa tolerar críticas, e entender que as críticas que vierem de seus aliados não o prejudicam muito. A depender da reação do partido, uma autocrítica pode ajudá-lo a reconquistar setores importantes do eleitorado.
O povo quer mudança em relação ao PT também, e não pelas mesmas razões da Globo. O povo, a meu ver, quer um governo que enfrente a questão econômica com mais inteligência. Cobra-se ainda que Ciro Gomes fale em regulamentação da mídia. Concordo. Essa é uma pressão que devemos fazer sobre Ciro Gomes e sobre todos os candidatos. Mas este é um ponto em que o PT não pode acusar ninguém, porque não fez nada. De qualquer forma, qualquer governo popular que chegar ao poder, a partir de agora, terá de, necessariamente, assumir uma postura de enfrentamento da mídia. Isso é inevitável.
Outra crítica que se levanta contra Ciro é que ele não seria de “esquerda”. Eu acho que aí rola um certo maneirismo intelectualóide. O programa econômico de Ciro Gomes – e me refiro ao explicitado por ele mesmo, e não as entrevistas com o tal Mauro Benevides, que seria seu “assessor econômico” – está bem à esquerda da agenda petista colocada em prática durante seus governos, especialmente no governo Dilma.
Por fim, analisemos os últimos números do Datafolha. Ciro Gomes é o candidato de esquerda (depois de Lula, claro) melhor posicionado nas pesquisas. No primeiro turno, fica em terceiro lugar, depois de Bolsonaro e Marina Silva, e à frente de Alckmin. Sua posição de liderança no nordeste, com 15 pontos (contra 9 de Bolsonaro), confirma que Ciro herda votos de Lula com mais facilidade que outros candidatos. Haddad, por exemplo, tem apenas 1 ponto no nordeste.
Eu acho interessante a força de Ciro num setor hoje profundamente contaminado pelo antipetismo, que é o eleitorado com renda acima de 10 salários, onde o Bolsonaro lidera com incríveis 29 pontos. Nesse segmento, Ciro tem 12 pontos, contra 8 de Geraldo Alckmin. Isso mostra que Alckmin não apenas pode herdar o voto lulista, como belisca bem o eleitorado de centro, com incursões em classes sociais hoje quase perdidas pelo PT.
Datafolha: números de 1º turno (pesquisa de 11 a 13/04 de 2018)


Num cenário sem Lula, Ciro Gomes é o candidato com mais chances de ganhar da direita no segundo turno. Empata com Bolsonaro e Alckmin.
Tudo leva a crer que se Lula ganha de lavada de Bolsonaro e Alckmin no segundo turno (e Lula apoiará, obviamente, Ciro Gomes, num eventual segundo turno contra a direita), Ciro tem grandes chances de ganhar desse candidatos. Outros petistas, como Haddad e Jaques Wagner, perderiam feio para Alckmin e Bolsonaro, segundo o Datafolha.
Datafolha: números de 2º turno (pesquisa de 11 a 13/04 de 2018)

Diante desses argumentos, que tenho colocado para mim mesmo, acho que tanto o PT como seus eleitores estariam tomando uma decisão sensata, caso se decidissem a focar na ampliação de suas bancadas legislativas, nas esferas federal e estaduais, na eleição de novos governadores (além da reeleição dos atuais), e apoiassem Ciro Gomes na candidatura à presidência. O que vocês acham?
Tudo isso é apenas um exercício, um estímulo ao debate. Quero ouvir a opinião de vocês, e estou disposto a mudar de ideia. Entretanto, como diz a canção imortalizada por Clara Nunes, estou convicto de que, para enfrentar a conjuntura atual, é preciso tristeza… e pé no chão.

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