Enviado por Andre Araujo ter, 29/05/2018 - 07:23
O desastre americano da Petrobras, por André Araújo
As empresas estatais de petróleo foram criadas para exercer uma
função estratégica na economia de seus países. São 13 estatais que estão
entre as 20 maiores petrolíferas do mundo, sendo que nesta lista as 4
primeiras são estatais. O objetivo central para o qual essas companhias
existem é atender às necessidades econômicas DE LONGO PRAZO de seus
países, fazem parte da politica de Estado, da defesa de seus recursos
energéticos, ao mesmo tempo que geram compras e empregos no Pais. Elas
são, portanto, instituições nacionais e não simples firmas comerciais e
são geridas como um fundamental ativo de cada Pais.
O critério vale tanto para países que dependem da exportação de
petróleo como a Arabia Saudita (SAUDI ARAMCO), Kuwait (KUWAIT OIL CO.),
Irã (NIOC-NATIONAL IRANIAN OIL CO.), Iraque (IRAQ NATIONAL PETROLEUM
CO.), Angola (SONANGOL), como de paises emergentes de economia
diversificada como México (PEMEX), Algéria (SONATRACH), Rússia
(RUSSNEFT), chegando a países ricos como a Noruega onde opera a grande
estatal de petróleo, a STATOIL, são companhias que servem a um projeto
nacional , não podem servir ao mercado financeiro ao mesmo tempo porque
as estratégias e os objetivos são completamente diferentes.
Ao listar a PETROBRAS na Bolsa de Nova York, o grupo de neoliberais
que dominava o Governo FHC pretendia exatamente isso, tirar o papel
estratégico da PETROBRAS, já que para essa ideologia até a própria noção
de Projeto Nacional era obsoleta. Para o mercado financeiro global a
única referência é o lucro, nacionalismo é coisa do passado, o mercado é
tudo, analise que a História desde 2008 já demonstrou que é uma
fantasia de lunáticos.
A função de servir a um projeto nacional foi a razão para ser criada a
PETROBRAS em 1953, por iniciativa de um Presidente com ampla visão de
Estado, o maior estadista brasileiro do Século XX, Getúlio Vargas. A
criação teve ENORME oposição dos chamados “círculos conservadores”, avôs
dos atuais neoliberais, com Eugênio Gudin à frente, apoiado pela mídia
de então, como o jornal O GLOBO, os Diários Associados de Assis
Chateaubriand e outros. A reação violenta da DIREITA de então esteve no
pano de fundo da campanha contra Vargas, que no ano seguinte o levou ao
suicídio, usando o velho e conhecido instrumento da Direita, a CRUZADA
MORALISTA operada por uma “campanha anti-corrupção" contra um homem que
não deixou herança além de um pequeno apartamento na Tijuca.
Vargas criou a PETROBRAS para proteger o Brasil da dependência total
da importação de combustíveis dominada pelas “majors” de então,
especialmente Esso, Shell, Gulf e Texaco, que garantiam ao governo que
NÃO HAVIA PETROLEO NO BRASIL, usando como prova o chamado Relatório
Link. Walter Link era um geólogo americano que não encontrou vestígios
de petróleo no Brasil, relatório que era usado pela direita como arma
contra a criação da Petrobras, lembrando que Vargas criou na mesma época
o BNDE e a ELETROBRAS.
A PETROBRAS foi obra da visão de grandes brasileiros e foi
imensamente fortalecida no Governo Militar de 64, esse crédito deve ser
colocado na conta dos Presidentes militares, um dos quais, Geisel, foi
também presidente da Petrobras. Nessa trajetória, a PETROBRAS construiu
11 refinarias, milhares de quilômetros de oleodutos e gasodutos, enormes
estações de tancagem e distribuição, uma grande frota de navios
tanques, fábricas petroquímica e de fertilizantes, explorou gás na
Bolívia para o qual se construiu um gasoduto binacional de 3.800
quilometros e explorou petróleo na África e no Iraque, tornando-se ao
fim do Século XX a 8ª empresa de petróleo do mundo.
O PRIMERIO GRANDE ATAQUE Á PETROBRAS
O governo neoliberal de Fernando Henrique Cardoso desviou
completamente a Petrobras de seu papel estratégico, o que é uma ironia, a
família Cardoso esteve na linha de frente pela criação da Petrobras em
1953. FHC se cercou completamente de um circulo de “neoliberais
cariocas” formados na PUC Rio e com cursos nos EUA, com fé cega no
mercado e inimigos da existência de empresas estatais achando que todas
deveriam ser privatizadas já que na ideologia fanática deles o “mercado
tudo resolve”, algo que não se acredita nem nos Estados Unidos. Esse
grupo conhecido hoje como “Casa das Garças“ incluía nomes depois
mediáticos, entre os quais Pedro Parente, todos com uma visão muito
particular de Pais que começava no Leblon e terminava em Nova York.
Em função dessa ideologia privatista, não havendo condições politicas
para vender a PETROBRAS porque isso jamais passaria no Congresso,
conseguiram montar a primeira etapa de um projeto para a privatização
futura da PETROBRAS, abrir seu capital para estrangeiros e listar as
ações na Bolsa de Nova York. Para o público tudo foi vendido como coisa
boa e moderna mas foi um DESASTRE para a Petrobras que NÃO LEVANTOU
CAPITAL, apenas deu liquidez em dólar a ações já emitidas.
O Brasil pagou um altíssimo preço por essa alegada vantagem. A
PETROBRAS ficou submetida à LEGISLAÇÃO AMERICANA, ninguém informou isso
ao distinto publico na época mas, para os privatistas, era a glória
deixar a PETROBRAS vulnerável ao Governo dos EUA, historicamente inimigo
de empresas estatais de petróleo e aliado deles. Os neoliberais levaram
a Petrobras à boca do lobo, enfraqueceram a governança da companhia em
beneficio do estrangeiro.
Foram as empresas estatais de petróleo que impuseram as duas grandes
crises do petróleo do Século XX com altas coordenadas de preço e são
essas empresas que comandam, através de seus governos a OPEP, o cartel
que controla a produção e comercialização de petróleo no mundo, uma
estrutura de grande peso politico, um dos players do poder mundial de
hoje.
Está claro portanto que as EMPRESAS ESTATAIS DE PETROLEO tem um papel
estratégico na geopolítica do mundo atual, não são descartáveis como
querem fazer crer os neoliberais brasileiros mal informados e mal
intencionados que estão vendendo a PETROBRAS em pedaços sob a alegação
de que o mercado tudo resolve e que empresa estatal é coisa do passado.
Na esteira dessa caminhada para vender a PETROBRAS, o Governo FHC
colocou na presidência da companhia figuras do mercado financeiro que
não entendiam nada de petróleo mas entendiam de Bolsa de Nova York, como
Francisco Gros, diretor no Brasil do banco Morgan Stanley e Henri
Philippe Reichstul, um francês e economista especializado em café que só
conhecia gasolina no posto, depois sócio do Banco SRL. A ideia do grupo
SEMPRE foi privatizar a companhia. Até globalizar o nome tentaram,
nasceu a PETROBRAX, um nome bonito para americanos, criado por uma
consultoria de marcas para tirar o caráter brasileiro e nacional da
empresa mas a reação popular foi negativa e a ideia abandonada.
Essa leviandade de submeter a PETROBRAS à Lei Americana já custou
US$2,95 bilhões pagos por conta de acordo sumário e sem maiores
discussões com os ACIONISTAS MINORITARIOS AMERCANOS, antes mesmo de
qualquer sentença, o mesmo valor que vai custar o acordo com 2 milhões
de caminhoneiros em greve em maio de 2018. O Governo e a mídia tratam
esse valor da concessão aos caminhoneiros como um terremoto financeiro
que vai abalar o Brasil mas quando o MESMO VALOR foi pago a achacadores
americanos DISFARÇADOS DE “ACIONISTAS MINORITARIOS” a mesma mídia e o
mesmo governo fizeram cara de paisagem.
Ainda está pendente a MULTA do Departamento de Justiça contra a
PETROBRAS, processo montado no Brasil com a ajuda de delatores
brasileiros e plena colaboração com procuradores americanos que vieram
até Curitiba interrogá-los, sem que o Governo brasileiro exercesse
qualquer pressão diplomática sobre o Governo americano, algo
perfeitamente normal e admitido em Washington, a PETROBRAS deixou a
coisa correr solta e fácil.
No caso dos acionistas minoritários QUE NÃO SÃO ACIONISTAS INOCENTES,
são fundos “”ABUTRES” que compram ações para processar empresas, é o
negocio deles, conduzido por escritórios de advocacia especialistas
nessa trapaça, um dos mais conhecidos é a Rosen Law Firm, esse tipo de
processo comum nos EUA onde é tratado como “negócio de mau cheiro” em
Wall Streetm foi conduzido com displicência e ar de desimportância,
apesar de ter custado mais de DEZ BILHÕES DE REAIS à Petrobras, que
chora tostões quando se trata de óleo diesel.
No Brasil, a mídia desinforma dizendo que e PETROBRAS apenas
compensou velhinhas aposentadas do Oregon, sem expor a máfia das “class
actions” que até meninos de Nova York conhecem como um dos negócios
mafiosos de Wall Street. A Petrobras pagou o acordo bilionário com
grande alegria e satisfação do dever cumprido, sob aplausos das Miriam
Leitão e da mídia brasileira, que elogiaram a presteza e correção da
Petrobras com seus “acionistas” estrangeiros tão virtuosos e bonzinhos
que acreditaram na empresa, coitados.
A submissão da Petrobras à Lei Americana foi um dos dois maiores
erros do Governo FHC pelos quais estamos pagando caro hoje. O segundo
erro desse governo, na mesma linha de ‘ VAMOS AUMENTAR A COMPETIVIDADE “
foi o PROER, o programa de reorganização do sistema bancário que levou à
absurda concentração do setor em três bancos particulares, quando, em
1990 no Brasil tinham 600 bancos. Banco com grandes redes e nichos
especiais de mercado, como o BAMERINDUS, que atendia pequenos
empresários, com problemas perfeitamente sanáveis foram forçados à venda
para banco estrangeiro, Pedro Malan tinha fascínio por estrangeiros
porque iriam “modernizar” a economia, coisa de vira-lata comum a todos
os “neoliberais cariocas” que adoram qualquer coisa ou pessoa
não-brasileira, porque tem horror do Brasil como nação, o Brasil é o
atraso, o estrangeiro é a modernidade.
Na mesma linha liquidou-se o segundo maior banco do Pais, o
histórico BANESPA, por causa de problemas em algumas operações. Foi
liquidado s vendido a estrangeiros, sob protestos do governador Mario
Covas, um homem integro que disse ser absurdo liquidar um banco daquele
porte por causa de algumas operações pequenas mal liquidadas. Na mesma
safra de loucura ideológica, foram liquidados outros bancos públicos
importantes como Estado do Paraná, Crédito Real de Minas Gerais, Estado
de Minas Gerais, perdendo o Pais uma grande rede de bancos regionais que
impulsionavam a economia brasileira, mesmo que com eventuais erros de
gestão, comuns também a bancos privados por todo o planeta.
O GOVERNO DO PT
Os governos de Lula e Dilma cometeram GRAVES erros na gestão da
Petrobras, coloque-se na conta do débito MAS, em compensação, cometeram
acertos IMENSOS, que os “neoliberais cariocas” jamais ousariam. O grande
acerto foi investir pesadamente no PRÉ-SAL, acreditando nesse projeto
quando os neoliberais e sua mídia vassala diziam que o pré-sal era uma
fantasia.
Se nomearam diretores ruins também trouxeram para o comando do
pre-sal o pai dessa ideia, o engenheiro Guilherme Estrella, dirigente
que foi desde o inicio a alma do pre-sal, detestado pelos neoliberais.
Então a gestão do PT teve erros e um grande ACERTO, o pre-sal.
A PETROBRAS jamais esteve quebrada, sempre teve crédito nos mercados
internacionais por toda a gestão do PT. Dois anos antes da Era Parente a
PETROBRAS fez seis emissões de bônus no mercado internacional com
demanda três a cinco vezes maior do que a oferta, inclusive fez uma
emissão de CEM ANOS de prazo, algo que só super “blue chips”, só
empresas “prime” conseguem vender e essas emissões de bônus pré- Era
Parente foram lideradas pelos maiores nome da banca global, como J.P.
MORGAN e DEUTSCHE BANK, que jamais patrocinariam uma empresa quebrada.
Já fizemos dois artigos específicos sobre essa lenda da “Petrobras
quebrada” que é a base justificadora da VENDA DE ATIVOS A QUALQUER PREÇO
da gestão Parente. A PETROBRAS jamais esteve remotamente quebrada
porque seu fluxo de caixa em reais e em dólares se manteve estável por
todo o período entre 2014 e 2016.
Empresas de petróleo com GRANDES RESERVAS dificilmente quebram, mesmo
nos piores cenários, o que nem de longe jamais aconteceu com a
Petrobras, que sempre teve fila de ofertas de crédito de bancos e países
para todas suas necessidades de curto e longo prazo.
Mas o “mito da PETROBRAS quebrada” era necessário para o projeto
Pedro Parente de liquidação de ativos a jato, afinal ele dizia que a
empresa estava super endividada, mas isso não o impediu de pré- pagar
uma divida com o Banco J.P.Morgan CINCO ANOS antes do prazo. Não só
essa. A Petrobras antecipou o pagamento de empréstimos porque estava com
caixa folgado MAS era essencial espalhar a ideia da “Petrobras falida”,
tarefa com que contou com o suporte fundamental do Grupo GLOBO,
especialmente de Miriam Leitão e seu time de Sardenbergs, Borges,
Cruzes, Camarottis, todos como um coral de sapos repetindo o mantra.
Aliás a própria direção da Petrobras ao repassar essa ideia de
“Petrobras quebrada” operou CONTRA A IMAGEM da companhia, um pecado
imperdoável para dirigentes de empresas, que jamais devem jogar contra a
empresa para beneficiar seu projeto pessoal.
A LENDA DA PETROBRAS QUEBRADA FOI FUNDAMENTAL PARA JUSTIFICAR A VENDA RAPIDA DE ATIVOS EM CLIMA DE LIQUIDAÇÃO
A GESTÃO PEDRO PARENTE
É uma gestão que é um retorno da trajetória do governo FHC, sua
missão é uma só, privatizar a PETROBRAS, seja de qual jeito for, uma
“privatização branca” vendendo ativos a toque de caixa a preços de
liquidação , é vender por vender porque diz que precisa pagar divida,
grossa mentira, a PETROBRAS tem ANTECIPADO o pagamento de dividas que
iriam se vencer anos à frente, empresa que faz isso está com dinheiro
sobrando, nunca esteve quebrada, a desculpa todavia é necessária para
justificar vendas de ativos fundamentais sem licitação.
Mas na crise dos combustíveis que gerou a greve dos caminhoneiros os
pecados foram muito maiores. DOLARIZOU-SE o preço dos combustíveis na
bomba por dois motivos:
Primeiro, a gestão Parente AUMENTOU SUBSTANCIALMENTE a importação de
diesel e gasolina com finalidades sinistras, estimular a concorrência
CONTRA A PETROBRAS para que esses concorrentes fiquem incentivados para
comprar as refinarias da Petrobras que ele quer vender rápido. Parente
está OPERANDO CONTRA A PETROBRAS para cumprir seu plano ideológico de
privatizar a empresa, essa é sua missão, está descumprindo sua missão de
administrador de companhia a favor de um outro projeto que não é o da
empresa.
A segunda razão e poder dizer aos acionistas americanos que os preços
de venda de combustível seguem o padrão-dolar e assim garantem paridade
cambial para as receitas e dividendos da PETROBRAS, atender aos
interesses dos acionistas estrangeiros é crucial e prevalece sobre os
interesses do Pais a quem a PETROBRAS deveria servir.
O PREÇO DO DIESEL
O preço de diesel está sendo calculado como se o barril do petróleo
estivesse cotado no mercado internacional a 140 dólares, quase o dobro
da cotação atual, a aberração do preço do diesel na bombas NÃO É POR
CAUSA DOS IMPOSTOS, é por causa da politica de dolarização da Petrobras,
que agora quer fazer crer que o problema são os impostos e não ela.
Essa anomalia merece uma “ CPI PARA INVESTIGAR A POLITICA DE PREÇOS
DA PETROBRAS” que é francamente lesiva ao Pais e benéfica aos acionistas
minoritários estrangeiros, aqueles para os quais a PETROBRAS está
sendo administrada em primeiro lugar.
Um gestor de empresa executar uma politica ideológica PARA CRIAR
CONCORRENTES visando atender a um projeto politico fora da empresa vai
contra os interesse do Pais, do Estado acionista controlador, de seus
consumidores e de seus empregados, é uma gestão CONTRA os interesses da
empresa, segundo a Lei das Sociedades Anônimas.
O PROJETO DE LIQUIDAÇÃO DA PETROBRAS
Esse “projeto” de desmonte, liquidação e venda a preços mínimos da
PETROBRAS vem do Governo FHC, quando foi testada mudança do logo para
PETROBRAX, visando tirar a marca nacional do nome, tentaram e não passou
pela barreira politica, houve uma forte reação popular que indicava uma
impossibilidade legal para a privatização naquele momento.
Com a queda do governo Dilma abriu-se de repente uma janela
imprevista para tocar o “projeto Petrobras New York”, que começou em
1998 com a irresponsável venda de 36% das ações da União na Bolsa de
Nova York, ações velhas que não renderam nenhum capital novo para a
empresa e o dinheiro obtido pela União foi para o orçamento geral e
prontamente gasto nas despesas de custeio, venderam a joia da coroa para
pagar o vinho.
Esse passo desastroso colocou a PETROBRAS sob a jurisdição americana,
o que até agora já custou muito caro à Petrobras e ao Pais, como já
demonstramos.
Nesta etapa 2016-2018 o “projeto Petrobras New York” teve ações
preparatórias para levar adiante o projeto de desmonte, liquidação e
venda da empresa, a saber:
- A demonização da empresa pela Lava Jato, visando mostrá-la como um
antro de corrupção apenas esquecendo que durante o governo petista a
produção do pré-sal deu um salto e a empresa não parou de investir no
aumento de sua produção de cru, tornando o Brasil PRATICAMENTE AUTO
SUFICIENTE EM PETRÓLEO. A “escandalização” sobre corrupção na PETROBRAS
derrubou a cotação das ações, não foi a corrupção e sim o escândalo, a
corrupção deveria ter sido combatida e processada, como fez a
Halliburton na mesma época, sem que suas ações fossem afetadas
minimamente, O COMBATE À CORRUPÇÃO NÃO FOI USADO COMO ARMA POLITICA.
- A propagação da lenda PETROBRAS QUEBRADA pelo Sistema Globo,
completa falsificação da realidade porque nesse período o FLUXO DE CAIXA
se manteve estável, o ENDIVIDAMENTO era compatível com o balanço, o
mercado internacional se ofereceu para comprar os bônus novos da
empresa em volume três a quatro vezes maior que o ofertado, inclusive
bônus de cem anos de prazo e o MERCADO SECUNDÁRIO manteve firme a
cotação dos bônus já emitidos, nesse período a PETROBRAS não teve
qualquer problema de crédito apesar da campanha da GLOBO e da própria
nova gestão da PETROBRAS visando demolir o credito e a imagem da
empresa, que inclusive pagou dividas a se vencer em 2022 com o banco JP
Morgan.
- O desmonte proposital da cadeia integrada entre produção, refino,
transporte e distribuição, QUEBRANDO CRIMINOSIMENTE a unidade
fundamental do Sistema Petrobras, desintegrando suas operações que
levaram décadas para montar e que são essenciais para qualquer grande
companhia de petróleo, ativos que integrados valiam 200 bilhões de
Reais, aos pedaços foram vendidos por 27 bilhões, a DESINTEGRAÇÃO NÃO
TEM JUSTIFICATIVA ECONÔMICA e foi uma ação temerária da atual gestão que
mereceria uma ação contra os administradores pela Lei das Sociedades
Anônimas por dilapidação do patrimônio da empresa.
- A atual gestão passou a direcionar a produção do pré-sal para venda
como petróleo bruto, o que tem menor valor, invés de refiná-lo em suas
próprias refinarias e para suprir o mercado nacional, sua função
principal, e invés disso passou a COMPRAR combustível de terceiros no
mercado americano, a preços internacionais, levando à ociosidade suas
refinarias e elevando em 56% os preços no mercado interno em apenas um
ano, medidas sem lógica comercial, encarecendo o “mix” de preços da
companhia, ao mesmo tempo deixando ociosas suas próprias refinarias,
AÇÕES QUE NÃO TEM JUSTIFICATIVA ECONÔMICA à luz de uma gestão racional
de empresa. A lógica seria produzir combustível a partir de sua própria
extração e refiná-lo em suas próprias refinarias e só comprar no mercado
externo o complemento que não fosse possível produzir no Pais, volume
que pelos números deveria estar entre 10 e 15% das necessidades do
mercado brasileiro e não 80% como se dá no diesel.
A DESINTEGRAÇÃO e a PREFERENCIA POR IMPORTAÇÃO só tem lógica se o
objetivo for o de vender toda a empresa em PEDAÇOS, deixando uma casca
vazia, como ocorreu com a TELEBRAS e ao fim realizar um LEILÃO de
liquidação para o pré-sal.
Em resumo, a atual gestão da PETROBRAS está contra os interesse do
Brasil, do Estado acionista controlador, dos consumidores, dos
empregados e da própria empresa.
A atual gestão da PETROBAS é uma continuação da politica neoliberal
privatista do Governo do PSDB na gestão FHC, representando uma traição
aos eleitores de 2014 que votaram pelo fortalecimento da PETROBRAS e não
de seu desmonte, liquidação e venda.
Essa é a raiz do atual movimento dos caminhoneiros e de suas consequências e reflexos.
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