Nunca acredite em lobos.
Parecem sorrir quando rosnam,
E olhei seus dentes de um branco Lunar, hipnótico.
Frio.
A superfície seca até As tripas.
E quando veio o eclipse tudo Escureceu
E se tornou viscoso como óleo bruto.
Esperei no canal espesso a barca de Caronte,
Com vestes de Ofélia,
Mas sem nenúfar, pois não tenho, há tempos, Inocência.
Entrei e navegamos em silêncio ,
O barulho dos remos sôfregos a entrecortar a mudez,
O rio longo a fundir-se com o Horizonte.
Isto é a eternidade.
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